Em Cabo Verde, a agricultura tem sido um espaço privilegiado de luta contra a pobreza, e de conquistas em segurança alimentar e na integração dos homens e mulheres, apesar do país possuir apenas 10 por cento de terras com vocação agrícola. A afirmação é do ministro do Ambiente, Desenvolvimento Rural e Recursos Marinhos, José Maria Veiga, numa declaração à imprensa, em que aponta a terra e a água como uma questão fundamental para a equidade, num arquipélago onde algumas partes do território ou grupos sociais ficam fora do processo agrícola.
“A questão água e terra é fundamental porque sem esses dois produtos não se pode fazer a agricultura. Isso constitui uma grande preocupação para Cabo Verde que quer organizar uma estratégia que visa a introdução de maior qualidade na distribuição e acesso”, garante. Por isso, - acrescenta - o país, que importa 80 por cento dos alimentos que consome, deve garantir para sobrevivência das populações a “conservação dessas terras por ser uma questão tanto de cariz social, económico, territorial, como também ambiental".
É neste âmbito, explica José Maria Veiga, que o Governo está a trabalhar para a integração de homens e mulheres na construção de barragens, valorizando as bacias hidrográficas, e mobilizando água que sirva para a geração futura. “O nosso trabalho tem sido no sentido de aumentar esse produto para a geração futura. Neste momento, todas as áreas irrigadas existentes no país estão direccionadas para mulheres-chefes de família”, adianta Veiga, para quem isso vai ao encontro das preocupações do atelier organizado pela FAO, entre dia 25 e 27 de Maio, na cidade da Praia.
No respeitante à água, o ministro avançou algumas informações sobre os trabalhos que vêm sendo feitos a nível da água subterrânea e no tratamento das águas residuais para a sua disponibilização no sector agrícola. Cabo Verde, sendo constituído por ilhas, não só tem um problema nacional de falta de acesso e distribuição de água e de terra como tem também que lidar com esta problemática de forma diferenciada de ilha para ilha.
*Com Inforpress
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